onde foi parar nosso tempo?

By Anônimo


de ALBERTO VILLAS
Editora Globo

O livro é inspirado no cotidiano do Autor ainda criança e também em sua adolescência, oras na cidade, oras no interior, expondo a realidade do seu dia à dia e sua mudança a partir da necessidade do homem de preservar o tempo.
Da forma de lavar fraldas à substituição do antigo rádio pela televisão no centro da sala, da lavagem do carro, do engraxar os sapatos do pai para fazer um extra na mesada, das guloseimas da cozinheira no fogão a lenha.
A narrativa reflete sobre a substituição de várias tarefas antes realizadas pelos homens sendo substituídas pelas máquinas, assim como a evolução dos aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, atitudes comuns sendo transformadas ou esquecidas com o surgimento de novas ações. A noção de perda de tempo.

Opinião do Leitor:
O Autor demonstra, em 50 pequenos capítulos, uma narrativa apaixonada sobre seu cotidiano familiar, entre as idas e vinda da cidade para o campo, entretanto a expressão do individual já foi percebida por Carlo Ginzburg como indispensável para a compreensão de determinada sociedade.
A leitura do livro nos faz perceber uma realidade, aqui ou lá, a qual fomos presentes em nosso próprio cotidiano, ainda que sua idade percorra da década de 1980 para cá. Mesmo aos mais novos o livro é uma fonte de pesquisa, de curiosidade, é conhecer um pouco mais sobre um Mundo não tão distante, mas muito diferente do atual.
A compreensão do tempo a cada fim de capítulo, as sugestões musicais e de lazer são simplesmente perfeitas e nos fazem refletir sobre nossa correria, entretanto o que há de mais vibrante no livro é a narrativa envolvente, que nos faz em certos momentos sentir o cheiro da lenha queimando no fogão, o azeite derramando no prato, o cheiro do bolo descansando, o café quente prontinho na mesa.

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