Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

By Anônimo , In , ,


de LEANDRO NARLOCH
Editora Leya


O Jornalista produziu uma obra de reflexão sobre a historiografia brasileira, apontando temas como; Índios, Negros¸ Guerra do Paraguai, Santos Dumont, Aleijadinho e Comunistas. Disposto a apresentar a História de outra forma, o Autor procura identificar o momento de produção de “chavões” históricos e discute a falibilidade deles.No capítulo sobre os Negros, podemos refletir sobre o processo de colonização da América Latina em geral, assim como sobre o sistema escravista, e o Quilombo de Palmares. A percepção da influência africana no tráfico negreiro, como agentes e não simplesmente como pacientes, permite uma conscientização não etnocêntrica, uma assimilação do contexto daquela região, daquela cultura. Apresenta dúvidas sobre a história de dois dos principais ídolos nacionais; Santos Dumont e Aleijadinho. Do primeiro paira a dúvida sobre a criação do avião e mesmo do relógio de pulso, com uma argumentação minuciosa sobre os irmãos Wrigth, americanos. Sobre o segundo fica a dúvida sobre o complexo conjunto de obras e sua capacidade de produção, assim como a valorização de suas condições físicas e a necessidade de produzir ídolos e obras com identidade nacional. Entretanto o capítulo sobre Comunistas, sem dúvida, é o que apresenta uma reflexão atual sobre o contexto histórico no Brasil. A recente manutenção da Lei de Anistia do país pelo STF, gerou polêmica entre os brasileiros, entretanto a apresentação, pelo Autor, de ações criminosas dos revolucionários contra a Ditadura Militar, que foram transformados em heróis nacionais, provoca diversos questionamentos sobre suas ações heróicas. A disputa sucessória a presidência nacional atual tem atores daquele momento, como o Candidato Serra e a Candidata Dilma Rousseff. Heróis ou Criminosos?


Opinião do Leitor:
O Livro mostra uma pesquisa bibliográfica vasta sobre temas mundialmente polêmicos da historiografia brasileira, argumentando a história como produzida e transmitida sobre fatos e personagens e seus reais propósitos. Entre os temas escolhidos pelo jornalista alguns impressionam pela sinceridade da narrativa; como: Negros, Santos Dumont, Aleijadinho, mas principalmente o Comunismo. Essa reflexão sobre esses temas permite ao leitor perceber as intenções de determinadas produções da historiografia nacional e a real falibilidade dos pesquisadores que não envolvidos por suas paixões e necessidades, conforme o contexto ao qual fazem parte. O capítulo sobre o Comunismo desperta insegurança nos candidatos presidenciáveis do Brasil, ações criminosas sobre uma justificativa revolucionária, podem criar alguns defensores e apaixonados pela ótica da revolução armada, apresentando esta como uma única via, mas para os mais esclarecidos esta é apenas uma ação arbitrária, violenta que não nos permite segurança sobre um futuro presidente, a ótica da revolução das idéias permeará pelas lições de Mandela. A narrativa envolvente do jornalista acaba demonstrando que cada vez mais o Historiador vem perdendo espaço para profissionais de outras áreas que atingem o público em massa e não reduzem aos seus pares a produção. Essa pesquisa tem a percepção científica clara, não sendo apresentada como mera suposição, ou teoria da conspiração, mas uma interpretação de documentos e de uma vasta bibliografia.

1 comentários:

Anônimo disse...

Leandro Narloch nunca admitiu o plágio literal do título do livro, mas não dá para negar. Há um livro do já famoso historiador e revisionista histórico americano, Thomas E. Woods: The Politically Incorrect Guide to American History. Do mesmo autor, já traduzido para nossa língua, há o livro: "Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental", O autor defende que a "era do criticismo" legou ao catolicismo inverdades istóricas que devem ser desmitificadas. Na verdade, o catolicismo foi o grande herói da civilização ocidental, salvando-nos do barbarismo. Já que o argumento utilizando pelos leitores de livros "cientícos" é a "vasta bibliografia" utilizada como fonte pelos autores, este tem uma verdadeira torrente de fontes. Será que sustenta-se, mesmo com tantas fontes, a tese de que o catolicismo foi incontestavelmente um bem à civilização ocidental?

10 de janeiro de 2011 às 10:59

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